quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sangue seco

Cantar e mudar,
era só isso que eu pretendia,
mas tudo mudou.
Mesmo o sangue é outro,
a alma já não é a mesma.
Algo me diz para correr,
algo me diz para viver,
gritar, atuar.
Há algo que me atormenta enquanto durmo,
sempre um sonho igual.

Eu sempre acordo com o mesmo cheiro de dor,
com as mesmas lágrimas secas,
sempre há o mesmo sangue a escorrer pela pele.

O clima é sempre esse clima quente,
sempre a mesma manhã, sem sons, sem palavras,
sempre a mesma tarde ensolarada, pobre,
sempre os mesmos dias,
sempre a mesma guerra

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