sábado, 23 de julho de 2011

Verdade

                    A alma humana, quer desprender-se do corpo, quer libertar-se, afinal ela não pertence a este mundo - material. E alma passa um tempo tentando libertar-se, tentando, tentando; mas o corpo resiste, resiste fortemente. E é esse tempo de "tentativas" que chamam de vida. A vida é nada mais que a tentativa da alma de libertar-se, enquanto o corpo continua resistindo e tenta tomar o controle, mas a alma continua tentando.
                    A alma sempre está tentando, nunca cessa; mas o corpo resiste, e resiste, sempre está resistindo. E tentamos tomar o controle de nosso próprio espírito, tentamos controlá-lo, mas é impossível.
                    Chega um dia em que o próprio corpo desiste, ou melhor, deixa de resistir - por seja lá qual for o motivo. E no momento que o corpo deixa de resistir, na desistência, chamam isso de morte.
                     A morte chega a assombrar alguns, mas o medo vem do corpo, que não quer desistir, quer viver.
                     Mas mais se vive na morte, no momento que nos libertamos, pois é muito mais vívida a vida, quando não há uma prisão - que chama de corpo.

sábado, 16 de julho de 2011

Esclarecimento para os poucos que aqui leem ou ninguém

Eu não escrevo para ninguém, escrevo pois quero e tenho que escrever. É uma necessidade. É impossível controlar, um vício - como o sexo.
Não me importo se vão gostar ou não. Eu tenho minha opinião.
Mas eu sei que tudo que eu escrevo é uma besteira, afinal o que não besteira quando visto por um certo ponto de vista.
Você lê o que eu escrevo se quiser, quando quiser. Você faz o quer, como eu também faço o que quero. Escrever me faz bem, ler também. E desejo dar prazer aos outros para leem o que escrevo.
É direito meu gostar de escrever e direito seu gostar de ler ou não gostar.
Leia esta merda se quiser, se não quiser vou continuar escrevendo.

Antirromance

Não faço poemas
Para que se apaixone,
Mas para demonstrar
Quanto sou capaz de te amar.
Não sou poeta romântico
Que constrói sentidos semânticos.

Sou só um alguém
Que quer te mostrar, meu bem
O amor que eu sinto,
Este amor tão lindo.


Só quero escrever
Palavras para você,
Pode ver
Que a cada minuto
Amo mais e mais
Alguém que me faz
Tão feliz

O fácil é tão difícil

Vai ser difícil te esquecer
Eu só penso em você
Em te querer

Mas talvez o mundo ajude
Seguindo em frente
E que tudo mude
E seja tudo diferente

Vou buscar a felicidade
E viver por toda a eternidade

Exceção


Não me basta nascer
Ter nascido é conseqüência
Eu quero viver
Viver numa sequência.
Quero fazer,
Ter minha consciência !!!?

De tão humano, o sangue que em mim corre é desumano

Não tenho culpa se nasci assim,
Se tenho esta frieza
E nada sou capaz de sentir,
Mas sou capaz de mentir.
Não posso amar,
Pouco sangue corre em mim.
Sou mais um que teve a infelicidade de nascer humano

O mínimo

Não me basta viver
Eu preciso de muito mais

Teu sangue corre pelo chão

O sangue escorre pelo teu rosto
Tua pele está, por completa, rasgada
Teus lábios estão sem gosto
Tua macia e doce mão está quebrada

Teus olhos fitam-me, sem vida
Tua perna está perdida

Teu nariz está jogado
Tuas orelhas foram arrancadas
Tuas unhas foram roubadas
Teu peito está calado

Tu não falas ou cantas

Tu não andas
Tu não danças
Tu não amas

Uma escada repressora da vida

A vida é rara
A vida é curta
A vida é maravilhosa
A vida é gostosa de se viver
Mas minha vida só vive com você

Produto inexistente

Meus olhos procuram, percorrem,
Procuram algo,
Fogem, desviam-se,
A procura de algo
Que jamais existiu,
Jamais existiu 

Os ponteiros correm

Estamos vivendo sem tempo para viver,
Sem tempo para viver,
Vivendo sem tempo.
Vivendo sem viver


O tempo é o que nos constrói
O tempo é o que nos corrói


Sem aviso

Você me largou
Me deixou afundando
Você nunca avisou que esse amor
Poderia matar, poderia afogar
Você me deixou sozinho
Entre matas e baratas
Você nunca avisou:
Esse amor assassino
Esse amor letal, prejudicial,
Você só me largou

Meu Brasil, meu querido Brasil

Para o Brasil seguir em frente
Temos que acreditar no presidente,
E respeitar a constituição;
Acreditar em tudo da televisão.
Mas na verdade não há bondade,
No governo só há politicagem,
Com gente que só fala bobagem,
Num Brasil de agiotagem
Leis e mais leis criadas
Por alguns deputados,
Para serem desrespeitadas
Por alguns desalmados.

Acreditar no Brasil,
Vê-lo como nunca se viu,
Com educação,
E para todos, alimentação;
Vindo de um governo
(Talvez) cheio de corrupção.

E só nos resta rir,
Gargalhar da palhaçada,
Acreditar no que está para vir
E gozar a gargalhada.