segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Fragmento 3

É a mesma vida da vida que eu tenho,
tão desvivida e tão querida,
a vida sem amor, sem compaixão
que morreu na dor de meu coração.

A vida inesperada, tão insensata e ingrata,
a vida de cada coisa que fiz,
que quis, infeliz.

A vida que eu vivia e agora morre,
a vida que é morte.

A vida nua, crua, sem mim,
de fim, assim.

A vida que nunca foi minha,
a vida que nunca vivi
na vida em que morri

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, critique: