É a mesma vida da vida que eu tenho,
tão desvivida e tão querida,
a vida sem amor, sem compaixão
que morreu na dor de meu coração.
A vida inesperada, tão insensata e ingrata,
a vida de cada coisa que fiz,
que quis, infeliz.
A vida que eu vivia e agora morre,
a vida que é morte.
A vida nua, crua, sem mim,
de fim, assim.
A vida que nunca foi minha,
a vida que nunca vivi
na vida em que morri
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