Nosso amor que mal existe é triste e inexiste na própria vontade de ser,
vontade quase igual à de morrer.
Esse amor a quem escrevo, um alcoviteiro, destruído quase por inteiro,
amor que entrego a quem não conheço
e escrevo a ti - tu que não me tens, nem te tens, por não ser, não viver.
Eu tento te abraçar, te enxergar na claridade desta escuridão infinita,
eu tento de tudo para te sentir, mas apenas consigo cair na tentativa de amar,
tentativa de me aproximar, respirar o teu mesmo ar.
Mas não és, não podes,
te vejo apenas no reflexo distorcido de outras imagens confusas,
imagens que desconheço e tento imitar
nas linhas que escrevo, no quase amar
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