domingo, 14 de outubro de 2012

A dormência de nossa inocência guerreira em inteira guerra

Em cada cadeira a maneira humana
beira a traição ariana
a que serves
e não te serve como princípio,
mas te mata na neve sob a desculpa de teu pecado-vício.
O mesmo conselho te rasga o recado refletido em teus olhos-espelhos
marcados pelos desejos ilícitos alheios,
onde vês o que vejo e reclamas às moscas - moscas que lavam com lamas do sentimento o qual tanto amas. Do povo os ouvidos ouvem os mesmos pedidos repetidos,
direitos quase deveres escondidos ao lado esquerdo de onde guardam os seres
(e não vivem,
não dizem,
não gritam,
irritam,
limitam,
imitam),
os seres que lês nas canções
sem padrões ou distinções
- pedaços dum mesmo todo torto e morto
no lodo poético em que balanças, frenético,
sem mesmo saber ou poder parar para não atrasar
o outro compromisso repulsivo e impossível
de se cumprir no comprimento
curto do tempo-tormento:
o riacho do qual acho as ondas
as quais rondas em tua cabeça
e pedes que cresça nas defesas
em cada nascente torrente no alto da montanha
chamada medo,
em que, sempre cedo,
te vês a morte, o existir,
o ser repugnante que deseja cair - e na queda dormente viver

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, critique: