Nos cantos mais escuros e empoeirados
foi que me guardei e me sujei de mim,
me refiz pra ti e te fiz o outro lado amado,
tentei te reencontrar e me despistar o fim.
Acabei-me então, acabei meu coração,
me inventei numa outra estação
e te esqueci na minha própria lembrança de não existir,
te desmereci na minha outra criança que sempre quis cair,
sempre quis desistir de não ser, de não viver.
E tive de permanecer, aguardar o melhor momento
para reiniciar aquele velho tormento
que nos foram a eterna infância
com a ânsia de amar, de desejar, de querer e não dizer.
Nós nos fizemos um outro ser
que apenas nós podemos entender,
apenas nós podemos viver e encantar,
apenas nós podemos amar
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