Por prédios e prédios
me perco entre becos de passo em passo
passo minha vida a esse céu,
me jogo neste poema ao léu,
me rogo a um outro eu.
Resido no eu presídio, aprisionado em meus resíduos.
Meu peso me empurra a esses pesadelos
de todo não meus, de todos me resta a vontade de perdê-los.
Me penso e penso para sonhos disfarçados e despedaçados,
sonhos sem sonhos.
Eu então busco um outro coração,
talvez, menos útil num último suspiro, num último giro,
em outra vez que esqueci na mesma tal vez de ser meu próprio ex.
Num cladograma confundo-me entre aborto e amorto,
diluo-me na solução sem divisão de real e surreal:
a invenção do natural de morrer em contrapartida a viver e nascer
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