Apenas sofro em mim mesmo no silêncio árduo que criei,
o silêncio que me arde as têmporas e é imperceptível para ti.
Me escondo nas verdades que já tanto me machucaram
como se fosse um refúgio do que fujo.
Não te falo de minhas dores para não te magoar,
não te falo dos sofrimentos para não te atrapalhar os pensamentos.
Finjo então, finjo e fujo. Finjo estar em outro estado,
finjo ser um outro.
Mas continuo eu mesmo em mim, tão verdadeiro e certeiro,
continuo a gritar o grito impossível de escutar,
continuo a chorar meu choro sem lágrimas, encharcado em mágoas.
Eu continuo a continuar, a caminhar na estrada descontínua em que sempre me perco
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