Minha cachaça, minha esperança.
Em cada garrafa uma crença,
Em cada pensamento de criança,
Um gole me faz sorrir
E um copo me faz cair;
Mas minha alma sobrevive
Aos inúmeros infinitos vícios,
Pois cada cigarro
É cada alegria.
Em cada garrafa,
Em cada tabaco
Formo um laço lascivo,
Formo metal mortal
Com álcool e fogo
Formo minha última vida;
Num último suspiro,
Faço e vivo
Mais um pedido
De mais um perdido.
Entre todos, do que haveria sido
Alguém superior,
Superior ao amor,
Superior a dor,
Superior as obsessões,
Superior as alucinações.
Tão superior aos vícios;
Mas estou perdido,
Inferior aos vícios,
Inferior as obsessões,
Inferior a dor.
Sou mais um inferior
Mendigo, pedinte
De esmolas, de amor
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